terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Novinhooo

Ahhh esse é novo, ja qe o outro eu excluir por não encontar opções de templares qe me agradaçem eu queria simples porem bonito, mas acabei me arrependendo quando excluir, então procurei por outro onde é tudo preto no branco e sem muita bagunça...
Bem, não tem muita coisa pra dizer só pra iniciar aqui e dizer que esse começo de ano quese ja no 'meio' está tudo muito tranquilo, depois de três meses sem falar com meu pai( por questão de discusões desnecessárias) esse domingo nós colocamos tudo em pratos bem lavados e limpinhos. Sem aquele homem minha vida é nada, sem minha mãe também.

Aqui tem um texto da Clarice Lispector; apreciem .

Um vislumbre do fim “Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

=*